Durante sabatina na Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande
(ACCG), ontem (22), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) aproveitou para
destacar a situação fiscal da Paraíba durante sua passagem pelo Palácio
da Redenção. Utilizando projetor multimídia, o tucano explanou que, em
2003, primeiro ano do seu mandato, o comprometimento da receita líquida
do Estado com a dívida fundada era de 14,8%. Os débitos, inclusive,
vinham descontados do Fundo de Participação dos Estados.
Com a política fiscal implementada, de acordo com o senador, esse
patamar caiu pela metade no ano de 2008, tendo sido a primeira vez na
história que além de pagar os juros, a Paraíba conseguiu amortizar o
principal da dívida, algo incomum no serviço público. "Nós fizemos uma
gestão fiscal que permitiu, já em 2008, um alívio muito grande das
contas públicas. O que fica comprovado com esse gráfico é o nível de
responsabilidade fiscal que tivemos com a Paraíba. Porque é muito bom
alguém chegar aqui e dizer faço mais, faço menos, quando encontra uma
situação de equilíbrio comparada a uma situação de desequilíbrio",
comentou.
E Cássio exemplificou: em 2003, para cada real que a Paraíba arrecada,
devia R$ 1,40. Já em 2008, a situação fiscal apontava que para cada real
arrecadado, o Estado devia R$ 0,60. Outro ponto abordado por ele,
sempre utilizando no projetor dados do próprio Governo do Estado, foi em
relação ao resultado primário do tesouro nacional. Em 2002, apontou
Cássio, a Paraíba não fazia sequer o superávit primário (que em resumo é
o dinheiro que o governo consegue economizar), tendo um déficit de R$
37 milhões.
A partir de 2003, já com o tucano no governo, o Estado teve superávit de
R$ 98 milhões, patamar que foi mudando até chegar aos R$ 332 milhões em
2008. "Fiz essa leitura ampla, misturando dados técnicos com análise
política, para mostrar que trabalho com seriedade e preparo o futuro.
Essa entidade me conhece e sabe do meu compromisso com essa terra",
verbalizou. Ao término de sua explanação inicial, Cássio deixou um aviso
para a plateia formada por empresários de Campina Grande.
"Aquilo que depende da gestão cotidiana do governo, piorou. E piorou
muito. Refiro-me à segurança pública, saúde e educação. Não se resolve
com propaganda ou números fantasiosos. O legado de obras que deixei, foi
porque fizemos um trabalho fiscal responsável. Esse é o papel do
gestor. E fica o alerta: estão quebrando novamente a Paraíba. Fiquem
atentos", exclamou.
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